O horizonte geopolítico da questão do Saara marroquino constitui o foco da discussão na margem do primeiro simpósio político da Aliança em prol da Autonomia para o Saara, organizado, ontem, quinta-feira, em Dakhla, na presença de proeminentes personalidades,  nacionais e internacionais.

O ministro francês da Europa e dos Negócios Estrangeiros, sr Stéphane Ségourny reiterou, ontem, segunda-feira em Rabat, o apoio “claro e firme” do seu país ao plano de autonomia para as províncias do sul, o qual foi apresentado pelo Marrocos 2007, a ONU, sublinhando, a este respeito, que para França, o momento veio para alcançar progressos nesta questão do saara marroquino.

O Primeiro-Ministro espanhol reiterou a posição de Espanha em relação à iniciativa de autonomia marroquina que considera como  base mais séria, realista e credível, capaz de levar a uma solução definitiva da questão do Sahara marroquino.

Eis o comunicado do gabinete Real:

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Africana e dos Marroquinos residentes no Estrangeiro, Nasser Bourita sublinhou que a questão do Saara Marroquino  não mais faz parte da agenda da União Africana, uma vez que tal questão nacional não envolve qualquer objecto do encaminhamento ou referência por parte da 37ª. Cimeira de Chefes de Estado e Governos da União Africana, órgão supremo da organização africana.

O embaixador francês em Marrocos, Christophe Lecourtier sublinhou, sexta-feira passada em Casablanca, que seria “uma ilusão e desrespeitoso” acreditar na possibilidade de construir um futuro comum com Marrocos sem aclarar sobre a posição da França em relação a questão do Saara marroquino.